Melodias. Ceias. Presentes. Decorações. Quantos símbolos e significados! Quantas expectativas envolve o natal! Para alguns apenas um feriado introdutório às festas de final de ano formando um medley: "boas festas". Para outros, um momento especial, familiar, mas sem um sentido religioso. Apenas um evento social. Mas, há ainda um remanescente que busca o sentido do natal. Que tentam fazer um paralelo desta tradição com a narrativa bíblica registrada nos evangelhos de Mateus e Lucas.
Pode até ser que em algum momento da história o 25 de dezembro nos remetesse ao dom inefável de Deus para com os homens: Jesus. No entanto, o que a nossa geração presencia é uma miscelânea de significados e sentidos. O mais destacado é o mero comercialismo, necessário para o aquecimento econômico. Porém, inevitavelmente, promotor de uma exclusão social cada vez mais crescente no mundo. Enquanto o natal já levou boa parte de nosso 13º, muitos nem tem esse "privilégio", pois, nem uma renda digna possuem para o básico de subsistência. Quem gosta desse natal são os detentores dos meios de capital. Que vão lucrar, lucrar e lucrar. Dividir? Deixa isso pro bom velhinho! E já que lembramos dele, qual o seu significado? Um homem bom que distribuía presentes às crianças carentes? Talvez. Nesta época ele está em toda esquina com sua sacola. E apesar de sua fantasia destacada está cada vez mais destoado, tanto do interesse capitalista, quanto do religioso. Religioso? Será que o Natal ainda tem esse sentido? Parece até que foi a intensão inicial desde o estabelecimento da festividade, fruto do sincretismo oriundo do casamento da Igreja com o estado romano (séc III), da inclusão da figura de São Nicolau (séc. IV) até da lenda de que Martinho Lutero (séc. XVI) acrescentara as árvores, as bolas e as estrelas. Alguém entendeu alguma coisa?
Os evangélicos tentam dar um sentido para esse Natal. Apesar dos ensinos de nosso mestre Jesus contrariarem os princípios do esbanjamento, do consumismo, da glutonaria, existe teologia para adaptar tudo o que vem de fora, o tempo vai passando e as coisas vão ficando convenientes.
O estranho é que não vejo ninguém comprando roupa nova, nem pintando sua casa ou festejando com a mesma avidez a páscoa, por exemplo, que seria a referência à morte e ressurreição de Jesus (este sim o tema central dos evangelhos). Ainda que também a celebração pascoal esteja entranhada de deturpações. Somos tão contraditórios, que rejeitamos a Páscoa por ser uma festa da antiga aliança, mas assimilamos um natal embrenhado de paganismo e secularismo.
De qualquer forma, independente do dia, da tradição ou dos símbolos, estejamos certos de que "Deus amou mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crer não seja condenado, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Seu nome é Jesus, o salvador do mundo.
Eu sei em quem tenho crido: Jesus Cristo.
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