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Mostrando postagens de 2014

E o espírito natalino?

Melodias. Ceias. Presentes. Decorações. Quantos símbolos e significados! Quantas expectativas envolve o natal! Para alguns apenas um feriado introdutório às festas de final de ano formando um medley: "boas festas". Para outros, um momento especial, familiar, mas sem um sentido religioso. Apenas um evento social. Mas, há ainda um remanescente que busca o sentido do natal. Que tentam fazer um paralelo desta tradição com a narrativa bíblica registrada nos evangelhos de Mateus e Lucas. Pode até ser que em algum momento da história o 25 de dezembro nos remetesse ao dom inefável de Deus para com os homens: Jesus. No entanto, o que a nossa geração presencia é uma miscelânea de significados e sentidos. O mais destacado é o mero comercialismo, necessário para o aquecimento econômico. Porém, inevitavelmente, promotor de uma exclusão social cada vez mais crescente no mundo. Enquanto o natal já levou boa parte de nosso 13º, muitos nem tem esse "privilégio", pois, nem uma renda

Pano novo em roupa velha

"Ninguém prega retalho de pano novo em roupa velha; do contrário, o remendo arranca novo pedaço da veste usada e torna-se pior o rasgão." (Mc 2.21) Refletindo sobre o significado da palavra reforma, deparei-me com um certo paradoxo. Por um lado o termo nos anima quando traz o sentido de dar uma nova forma; mudança para melhor; nova organização; restauração. Porém, é frustrante por também poder significar apenas uma reparação; conserto; correção, emenda, revisão. Sabe aquele carro velho ou aquela casa caindo aos pedaços? O que você faz? Chama um restaurador, um profissional que irá reformar aquele bem. Continuará o mesmo carro, a mesma casa, mas, com cara de novo. Muito se fala sobre a necessidade de uma reforma na igreja evangélica brasileira. Será que apenas uma reforma bastaria? Vejamos: Vitaliciedade presidencial; nepotismo; personalismo; institucionalismo exacerbado; celebrações judaizantes; transferência de geração; teologia da prosperidade; politicagem; patri

Mais do Reino. Menos impérios.

“Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar... falando do que respeita ao Reino de Deus” (At 1.1,3) Possivelmente uma das grandes decepções do povo judeu quanto a vinda de Jesus como o Cristo, o Messias, foi o fato dele não estabelecer um reino terreno que confrontasse o império romano e consequentemente libertasse Israel do jugo de César. A profecia era clara: o Messias herdaria “o trono de Davi, seu pai” (Lc 1.32) . E a ideia que estava na moda a respeito de um Messias era de um libertador político, um revolucionário social. O povo esperava um Messias que tomasse a profecia de Salmos 2.8 e colocasse como slogan em seu estandarte: “Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão” . (E, diga-se de passagem, profecia esta estritamente relacionada ao Messias, e não aos seus seguidores como vemos em alguns movimentos ditos proféticos). E este conceito transcendia o âmbito geográfico e religioso de Israel, adentrando nos palácios e perturbando re

Há outros caminhos até Deus?

A grande maioria dos pastores evangélicos não aceitam que a vida eterna pode ser obtida através de outras religiões que não o cristianismo, comprova uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas LifeWay. O levantamento entrevistou centenas de pastores, perguntando “Se uma pessoa está sinceramente buscando a Deus, pode obter a vida eterna através de outras religiões que não o cristianismo?”.  Um total de 77% dos pastores entrevistados discorda totalmente, enquanto 7% discordam em parte e outros 7% concordam em parte. Apenas 5% concordaram com essa possibilidade, enquanto 3% não tem certeza.“A exclusividade do evangelho cristão não é algo popular no contexto do pluralismo atual”, disse Ed Stetzer, presidente da LifeWay. “Mas a maioria dos pastores ainda pregam que o cristianismo é o único caminho e rejeitam a idéia de que outras religiões levam ao céu.” Mas a crenças dos pastores em relação à exclusividade do cristianismo é diferente da maioria dos membros de suas igrejas, segund

Joquebede, uma mãe corajosa.

Cerca de 1500 a.C., no Egito, o povo de Israel vivia escravizado sob o império de Faraó (provavelmente Tutmose I). No entanto, "quanto mais os afligiam tanto mais se multiplicavam" (Ex 1.11). Então, Faraó, temendo o fortalecimento do povo de Deus e uma possível rebelião (Ex 1.9,10), decretou um infanticídio sistemático (Ex 1.15-22). Neste cenário opressor, surge a figura de uma mãe, Joquebede, que tendo um filho, ainda conseguiu escondê-lo por 3 meses dos atrozes assassinos (Exodo 2). E agora? A cada dia fica mais difícil esconder a criança. Na verdade já havia sido um milagre guardá-la durante esse tempo. Joquebede provavelmente se deparou diante de vários dilemas. Ela já tinha 2 filhos, Arão e Miriã. Quem sabe alguém até a aconselhou a entregar ou abandonar o menino. Porém, Joquebede era israelita ("princesa de Deus") e esposa de um levita (adorador do Senhor). Ela confiava no Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Assim, ela toma uma decisão de fé e de coragem, colo

Matias ou Paulo?

A Igreja primitiva teria se precipitado, ou até mesmo errado, em escolher Matias para ocupar o lugar de Judas Iscariotes (At 1.15-26)? Seria Paulo o verdadeiro eleito para este cargo ? Os que defendem um ato precipitado, cuminando com o suposto erro da escolha de Matias, argumentam basicamente o seguinte: 1) O nome de Matias só aparece no texto base da questão, por não ter expressão ministerial - Se for por isso, o l ivro Atos também não se refere mais a André; Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. E se relevância ministerial tiver haver com ser famoso, os inúmeros anônimos do Reino de Deus seriam obreiros fracassados. O que seria um absurdo! 2) Fazem uso, desconectadamente do assunto em questão, textos como II CO 1.1 e Gl 1.1 de que Paulo fora feito " apóstolo, não da parte de homens " (Gl 1.1) - Porém, os textos se referem ao apostolado ministerial, não ao bispado de At 1.20; 3) Argumentam que Pedro, isoladamente, te

O Pastor do Salmo 23

O Salmo 23 é um dos textos bíblicos mais famosos. Quem nunca o viu num adesivo, ou o leu num quadro, ou ouviu uma pregação sobre o salmo do Pastor? Conhecer o Salmo do pastor é fácil, mas, você conhece o Pastor do Salmo? Davi cresceu num ambiente rural. Alimentar, proteger, conhecer e conduzir as ovelhas eram atividades pastorais que ele aprendeu e exerceu desde pequeno. E agora, o Espírito de Deus o inspira a escrever este cântico que nos leva a refletir sobre esta relação tão peculiar entre ovelha e pastor: "O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a